São Paulo

Neste domindo, 05/12/10 estivemos dando uma volta por São Paulo. Na realidade, nossa idéia era pegar o dia para conhecer os pontos principais, mas acabamos saindo tarde e não tivemos tempo de ver tudo. São Paulo é a sexta maior cidade do planeta com 19 672 582 habitantes, difícil até de ler tantos números, e com isso, passa a ser uma das cidades mais caóticas em termos de transito do Brasil e do mundo. Talvez isso, faça com que nós, que moramos a poucos quilômetros dela, não nos interessemos muito em conhecê-la, mas a verdade é que São Paulo é uma cidade que surpreende não só pela quantidade de habitantes, mas também pelo tamanho, pela mistura do rico e do pobre, do bonito e do feio, da música com o teatro e muitas outras coisa, que fazem dela uma dos lugares mais incríveis do mundo. 

Há tanta gente morando em São Paulo, que sua população é superior a de vários países, como o Emirados Árabes Unidos (2.723.212), Uruguai (3.447.920) e Chile (16.285.071). Se fosse uma nação, seria a 55ª mais populosa do mundo. Surpreendente. 

Então, resolvemos descobrir um pouco dela, mesmo que tão pouco, mas não deixou de ser divertido. 

A Estação da Luz é uma estação metro-ferroviária localizada no bairro da Luz, em SP. Ela foi construída no fim da século XIX com o objetivo de sediar a recém-criada Companhia São Paulo Railway, de origem britânica, assim como de se constituir na parada paulistana de sua linha ferroviária, a qual ia de Santos, no litoral do estado, a Jundiaí, no interior. 

A atual Estação foi construída entre 1900 e 2010, no lugar da original Estação da Luz de 1867. Presumivelmente escolhida em um catálogo inglês pelas autoridades locais, a estrutura metálica de ferro fundido que lhe dá sustentação foi trazida da Inglaterra, por meio de peças pré-moldadas e montada aqui - a alvenaria da estação, no entanto, é de origem local. é similar à Flinders Street Station, uma estação existente em Melbourne, Austrália. Na década de 1940 a Estação sofreu um incêndio e após a reforma, foi-lhe adicionado um novo pavimento no bloco administrativo. Nas décadas de 90 e 2000 passou por uma série de reformas a qual teve como intenção adaptá-la a receber o Museu da Língua Portuguesa.

A estação reflete o momento histórico em que foi construída, evidenciando o poder do café na trajetória de expansão da cidade. Erguida junto ao Jardim da Luz, por décadas a sua torre dominou parte da paisagem central paulistana. O seu relógio era o principal referencial para acerto dos relógios da cidade. No período de auge da estação (ou seja, nas primeiras décadas do século XX, quando a Luz era uma região de destaque na cidade), a Estação compunha um conjunto arquitetônico que não só era um referencial urbano como efetivamente fazia parte da vida cotidiana do município, constituindo aquilo que pode ser chamado de a "imagem da cidade".

Saindo da estação da luz, damos de cara com a Pinacoteca, um lindo prédio que segue o estilo neo-renascentista italiano. A Pinacoteca é um museu que contém um acervo de pinturas. A origem desta palavra, que significa « sala que contém uma coleção de quadros », é o latim "pinacotheca", derivado do grego antigo "pinacothêkê" : pinax - akos quadro et thêké caixa. Ela é um dos mais importantes museus de arte do Brasil. Ocupa um edifício no Jardim da Luz, em frente a estação da luz, no centro de São Paulo. É o mais antigo museu de arte de São Paulo, fundado em 1905 e regulamentado como museu público estadual desde 1911.

Após a reforma na década de 1990, tornou-se uma das mais dinâmicas instituições culturais do país, integrando-se ao circuito internacional de exposições. A Pinacoteca do Estado abriga um dos maiores e mais representativos acervos de arte brasileira, com quase oito mil peças abrangendo majoritariamente a história da pintura brasileira dos séculos XIX e XX. 

Próximo a 25 de março, (Famosa rua das bugigangas e dos camelos) que infelizmente já estava fechada quando chegamos, fica o mercado Municipal de São Paulo (Mercadão), inaugurado em 1933. Ele é um famoso espaço de vendas de frutas, verduras, cereais, carnes, peixes, temperos e vários outros produtos de dar água na boca. O Mercado localiza-se no centro antigo da Capital Paulista, sobre uma área ganha ao Rio Tamanduateí, no bairro Mercado na antiga Várzea do Carmo. O edifício, em estilo eclético, foi construído entre 1928 e 1933 pelo escritório do renomado arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo, sendo o desenho das fachadas de Felisberto Ranzini. No interior, magníficos vitrais de Conrado Sorgenicht Filho mostram vários aspectos da produção de alimentos.

E é lá que encontramos o famoso pão de mortadela... Ele é tão grande que é suficiente pra 2 pessoas, mas alguns se aventuram a comê-lo sozinho. Eu nem me arrisquei, porque não gosto de mortadela. Mas para aqueles que não são enjoados, como eu, rs, há uma outra infinidade de opções. Com certeza, opções são o que não faltam.  

E na parte de cima do mercadão, fica o mezanino, construido com diversos quiosques de comes e bebes. Graças a essa reforma, hoje, este local se tornou um ponto de encontro dos paulistanos. Achei sensacional o lugar, super legal pra ficar com os amigos e bater altos papos até altas horas. O único problema na região é o estacionamento. Cogitam a hipotese de construir um subterrâneo, mas isso não tem nem previsão de começar.

Sem dúvida nenhuma, um dos maiores símbolos de São Paulo é a avenida paulista. Ela revela com grande proesa, um pouco da cultura de SP. Lá podemos encontrar uma grande variedade de museus, teatros, sedes de grandes empresas, bancos, consulados, hotéis, hospitáis, restaurantes... Enfim, é possível encontrar de tudo neste lugar. Por iniciativa do engenheiro Joaquim Eugênio de Lima, a avenida foi criada no final do século XIX. Foi inaugurada no dia 8 de dezembro de 1891para abrigar paulistas que desejavam adquirir seu espaço na cidade.

Seu nome seria avenida das Acácias ou Prado de São Paulo, mas Lima declarou: Será Avenida Paulista, em homenagem aos paulistas.

É surpreendente a quantidade de coisas que se pode fazer nesse local e na avenida paulista que se encontra o maior número de consulados da cidade, tais como os da: África do Sul, Albânia, Argentina, Bélgica, Bolívia, Chile, Coreia do Sul, França, Índia, Itália, Japão, Jordânia, Líbano, Luxemburgo, Mônaco, República Dominicana, Síria, Suíça e Taiwan.

Enfim, é um lugar para se conhecer com muita calma e muito tempo... Demos uma passada rápida e fiquei impressionado com o trânsito em pleno domingo, as 16h da tarde.

Infelizmente, devido a correria, pois nosso objetivo principal era ir para guarulhos na despedida da nossa amiga, que estava de mudança pra Chicago, acabamos não vendo vários outros lugares interessantes, como o museu do ipiranga, catedral da Sé, parque do Ibirapuera, entro vários outros, mas fica aqui a sugestão pra um programa diferente e barato. Vale a pena pegar um fim de semana pra descobrir, nem que por poucas horas, um pouco dessa cidade que é o coração do Brasil.